Material encontrado com empresário morto
pode ajudar PF na Operação Turbulência
Polícia Civil encontrou pendrives, cheques e celulares que podem
auxiliar a investigação
Coletiva da SDS para explicar morte do empresário foragido na
Operação Turbulência
Foto: Guga Matos/JC imagem
A
morte do empresário Paulo César de Barros Morato deixa muitas interrogações na
investigação da Operação Turbulência. No entanto, com ele, foram encontrados e
coletados materiais que podem ser importantes para a investigação da Polícia
Federal. Morato é
um dos investigados da Operação Turbulência, estava foragido e foi encontrado
morto na noite noite dessa quarta (22) num motel em Olinda.
A
Polícia Civil, que investiga a morte, encontrou um veículo Jeep Renegade,
sete pendrives de 8 giga cada, três celulares, R$ 3 mil em espécie, uma mochila
e uma lanterna, além de cheques em branco que não eram dele, envelopes de
depósitos bancários vazios, um relógio, três óculos, um furador de papel e uma
bússola. Também foram localizados medicamentos que, segundo a perícia, são para
tratamento de hipertensão e diabetes. Até mesmo um boneco do Homem Aranha foi
encontrado entre os pertences do empresário.
"Tudo
que foi feito, investigado, verificado foi em cooperação com a PF. Eles já
solicitaram a documentação e nós já liberamos para eles a documentação. Todos
os documentos, celular, pendrives, que estavam com o Paulo Morato está sendo
disponibilizado para PF. A princípio, não é interesse para a Polícia Civil esse
tipo de documentação. Isso interessa muito mais a PF. Então, foi passado para
eles", disse Antonio Barros, chefe da Polícia Civil de Pernambuco.
Polícia descarta inicialmente hipótese de
homicídio de foragido da Operação Turbulência
Secretaria tem considerado as opções de suicídio ou morte
natural
Empresário foi encontrado morto em motel em Olinda ontem à noite
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
JC Online
Com informações da repórter Marcela Balbino
Com informações da repórter Marcela Balbino
A
Secretaria de Defesa Social do Estado (SDS/PE) afirmou, em coletiva nesta
quinta-feira (23), que praticamente descarta a possibilidade de homicídio do
empresário Paulo César
de Barros Morato. Segundo a SDS, tem-se considerado
as chances de suicídio ou morte natural.
O
empresário era foragido da Polícia Federal após a deflagração da Operação
Turbulência e foi encontrado morto em um motel em Olinda. Com Morato, foram
encontrados R$ 3 mil, sete pendrives, três cheques em branco, relógios e
celulares.
O
empresário é citado na operação da PF como proprietário de uma empresa de
locação e terraplenagem chamada Câmara & Vasconlcelos. De acordo com a
Polícia Federal, houve repasse de R$ 18,8 milhões da empreiteira OAS para a
empresa. Vale lembrar que a OAS é investigada na Operação Lava Jato. De acordo
com a empreiteira, os recursos foram pagamentos por serviços de terraplenagem
em obras de transposição do Rio São Francisco, o que não foi feito, segundo a
PF.
À Rádio
Jornal, o legista Marco Justino afirmou que não foi encontrada
nenhuma substância dentro do estômago do empresário. No entanto, há
possibilidade de envenamento. O corpo de Paulo Morato está no IML, em Santo
Amaro, área central do Recife, até a conclusão das perícias. "Não existia
sinais de violência nem internamente ou externamente", afirmou o legista.
A expectativa é de que o resultado do exame toxicológico saia já na próxima
segunda-feira (27).
A
OPERAÇÃO - Na última
terça (21), a Polícia Federal cumpriu quatro
mandados de prisão preventiva contra suspeitos de integrar um esquema de
lavagem de dinheiro. Empresas de fachada, constituídas em nome de 'laranjas',
teriam movimentado ilegalmente mais de R$ 600 milhões desde 2010.
Segundo
investigações da Polícia Federal, o montante adquirido no esquema de lavagem de
dinheiro teria financiado
campanhas de Eduardo Campos (PSB), inclusive a da
presidência da República, em 2014. Em resposta às acusações, o PSB negou
que tenha cometido algum tipo de ato ilícito. O
senador Fernando Bezerra Coelho, que também teve o seu nome ligado às
investigações, repudiou qualquer tipo de ligação com a Operação Turbulência.
A
investigação teve início a partir de análises de movimentações financeiras de
empresas envolvidas na aquisição da aeronave que
transportava o ex-governador Eduardo Campos em seu acidente fatal.
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